terça-feira, 7 de julho de 2009

exaustão.

Encostou-se a sombra, em desespero, à parede.
Não é que se sentisse, mas, durante o movimento de transportar o peso do corpo de um pé para o outro, baixou a cabeça, deixando que a respiração ofegante dominasse o vaivém dos inconscientes movimentos.
O escuro parou ali. E pairou em todo o lado.

Porque é que insistem em puxar âncoras intemporais abruptamente?
A isto não se chama acto dogmático, mas sim o princípio da exaustão.

7 comentários:

Anónimo disse...

Realmente não há adjectivos para descrever tão bonitas palavras!
És um fenómeno Parabens!! :)
Carla (Daniel)

Inês Brito disse...

Estados de espirito ingratos.


Bj,
(i)

Rafeiro Perfumado disse...

Então toca a levantar a cabeça, pegar num maçarico e dar cabo dessas âncoras!

Robin K disse...

Ficarei a pensar nisto...

sara disse...

demasiado bem escrito!

Blogadinha disse...

Podes romper com o passado, mas o inverso não acontece. Abre a porta e segue o sol - o caminho faz-se caminhando...

Boa sorte.
Bom fds!

Anónimo disse...

Não estará na altura de largar a sombra que te resguardou da exaustão, e seguir caminho?
Outro caminho, um caminho que talvez ja começou á algum tempo, mas que agora eu te peço que corras por ele, pela estrada que ficou a meio caminho numa jornada de duas sombras, pisa as possas que encontrares sem medo de te molhares e chuta as pedras que te aparecerem para bem longe, mas pelo caminho limpa as teias e o pó dos teus magnificos textos, e retoma-os.
Sê feliz.


Para sempre teu Anónimo.