quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

2009.

um excelente doismilenove, mil vezes melhor que o anterior, com tudo o que desejarem (mas com juizo :p).

beijos,
sara

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

certeza das incertezas.




Existem factos. Factos dogmáticos. Que por vezes só o são porque nunca ninguém pensou em contradizê-los.

Existe um facto: Tudo aquilo que se atira ao ar cai. Obrigatoriamente cai.

Existe uma contradição: Na verdade, nunca ninguém se lembrou de atirar tudo ao ar para ver se caia. Ou se se lembrou, nunca o chegou a fazer. E isto por si, sem o ser intitulada como tal, já é, em todos nós, uma contradição ao facto. Nós nunca lançámos tudo o que é nosso ao ar, porque, no fundo, temos medo que o dogma não o seja, que as coisas não caiam, que se percam.

No fundo, todos sabemos que nenhuma certeza absoluta o é. Se algo não pode ser e não ser ao mesmo tempo e no mesmo espaço, todos nadamos num mar quotidiano de certezas das incertezas.


“Saberemos cada vez menos o que é um ser humano”
O Livro das Previsões.

sábado, 13 de dezembro de 2008

antigo portão.


O antigo portão rangiu e fechou.
Acompanhou-o o nevoeiro intenso,
Com a humidade que ajudou à oxidação.
Nada, nada mais entra.
Não num para sempre, mas numa grande parte dele.

Até que o sol volte,
Até que o nevoeiro passe,
Até que um braços fortes (ou uma mente com vontade)
Crie algum tipo de vector,
Com sentido e direcção,
Para que o portão novamente se abra.

Agora não, nada entra.
É escuro, é húmido, é esquecido.
É o lugar onde me perdi,
Perto do sitio em que o velho portão fechou.




"Há coisas que simplesmente nao se recuperam:
uma pedra depois de atirada;
uma palavra depois de proferida;
a ocasião depois de perdida;
um portão depois de fechado;

..."