A escuridão invadiu os meus olhos quando te apressaste em entender tudo o que tinhas feito de forma errada, ao longo do teu percurso. A tristeza não se inibiu em apressar-se, alargando o seu passo rumo ao meu peito. Querias voar, não era? Era isso que tinhas camuflado nas tuas entrelinhas, quando meu sistema de negação se encarregou de não as captar.
Lembrara-me do dia em que me retiraste da onda de pó que cobrira a sala onde fiquei, e consequentemente me cobrira a mim, no acto desesperado de tapar o sofrimento que em meus olhos escorria, chegando a formar rios. Formara-se uma espécie de lama, lama em cada canto (meu, e da dita sala) … e em cada um desses cantos um negro consolidado prendera cada movimento que fosse possível de efectuar…
Foi nessa prisão que, conscientemente, eu deixei de me esforçar, de lutar, de me tentar libertar.
Lembrara-me do dia em que me retiraste da onda de pó que cobrira a sala onde fiquei, e consequentemente me cobrira a mim, no acto desesperado de tapar o sofrimento que em meus olhos escorria, chegando a formar rios. Formara-se uma espécie de lama, lama em cada canto (meu, e da dita sala) … e em cada um desses cantos um negro consolidado prendera cada movimento que fosse possível de efectuar…
Foi nessa prisão que, conscientemente, eu deixei de me esforçar, de lutar, de me tentar libertar.
Quando entraste nessa sala, e, sem medos nem quaisquer hesitações, me arrancaste da escura estátua em que se tinha transformado o meu ser - porque talvez tenhas sentido algo mais que pó no canto onde eu me camuflara – a minha vida tomara outro rumo. Um rumo à felicidade.
Pois agora, querias voar, querias partir.
Sinceramente, quem dera que lá me tivesses deixado ficar…