sexta-feira, 15 de maio de 2009

grita-me!


imagem: "bolhas para exibir o sol"

Grita-me!
Grita-me,
Como nunca o fizeste.
Grita-me, que eu
Gritar-te-ei com as restantes forças

Grita-me, vida!
Grita-me!
Grita-me na entoação
Do teu “porquê”,
Dos teus “porquês”.

Grita-me, vida!
Grita-me do centro da Terra,
Grita-me do ponto mais alto,
Grita-me um sentido,
Grita-me uma direcção!

Acorda-me no embalar
Da tua tristeza, da crueldade,
Mas grita-me, impera-te
Ensina-me como e
Com o quê gozar de ti.

Grita-me…
Grita e faz-me sentir,
Acorda-me desta anestesia
Que és tu, vida.
Quem, queria eu perguntar.

Grita e volta a gritar-me,
Faz-me ascender do fundo do mar,
Num tilintar de bolhas
Calmo, tal como alforrecas,
Do mar onde me deixaste adormecer.

6 comentários:

Inês Brito disse...

Adorei *.* mais uma vez :)

Bj,
(i)

Úrsula Avner disse...

Cara autora, muito expressivo seu poema ! Agradeço o carinho de sua visita e comentário em meu cantinho. Quando puder conheça meu blog de poesias " Sempre poesia". Espero que possamos manter contato.
Grande abraço.

JoaoMoura disse...

Grita, grita que ficas rouca como ontem. ahaha. :P

Rafeiro Perfumado disse...

AAAHHHHHHHHHH!!!!!!

Chega ou queres mais? ;)

Beijo!

acatar disse...

eu percebo essa súplica...

Amar sem sofrer na Adolescência disse...

Um lindo poema que toca pela sua força. Uma linda expressão. Beijos.