sábado, 13 de dezembro de 2008

antigo portão.


O antigo portão rangiu e fechou.
Acompanhou-o o nevoeiro intenso,
Com a humidade que ajudou à oxidação.
Nada, nada mais entra.
Não num para sempre, mas numa grande parte dele.

Até que o sol volte,
Até que o nevoeiro passe,
Até que um braços fortes (ou uma mente com vontade)
Crie algum tipo de vector,
Com sentido e direcção,
Para que o portão novamente se abra.

Agora não, nada entra.
É escuro, é húmido, é esquecido.
É o lugar onde me perdi,
Perto do sitio em que o velho portão fechou.




"Há coisas que simplesmente nao se recuperam:
uma pedra depois de atirada;
uma palavra depois de proferida;
a ocasião depois de perdida;
um portão depois de fechado;

..."



4 comentários:

Salto-Alto disse...

Adorei! :) Mesmo!

Skywalker disse...

Vale a pena vir aqui.

Beijokas

Anónimo disse...

"Há coisas que simplesmente nao se recuperam:
uma pedra depois de atirada;
uma palavra depois de proferida;

a ocasião depois de perdida;
um portão depois de fechado;''
Sarinha isso é tão profundo! Escreves tããão bem. Estimulas o meu pensamento.Faz pensar. Adorei. Beijinho grande @

Anónimo disse...

Tás lá miuda