quinta-feira, 9 de abril de 2009

paciência...


Os meus olhos apontaram, decididos, para o cume desta mesma montanha, onde o sol se agachava.
Um toque avermelhado um céu limpo, colorindo um suave pôr-do-sol. Um pôr-do-sol tímido. Tímido e diferente.
Tal paisagem me fez lembrar quando, outrora, alguém me tinha escrito sobre o sítio iluminado pelo espectáculo de fim de tarde. Cartas sentidas. Palavras e palavras conjuntas que faziam nexo, sobre uma pequena aldeia, no coração alentejano, onde muitas vidas se cruzam. Talvez essas palavras apenas tivessem sentido para mim.

Nesse fim de tarde, estava eu encostada a uma das Pedras, agora frias, de onde se vê toda a aldeia, e toda uma vida anterior. Foi com a cara iluminada por tons quentes, que eu sussurrei, de maneira a que ouvisses, a resposta a uma dessas cartas: Sim, as pedras separaram-se.

9 comentários:

Skywalker disse...

Quantas resposata ficam por dar??? E será que algumas ainda fazem sentido?

Beijokas

Rafeiro Perfumado disse...

Separam-se, reduzem-se a pó, tornam-se cimento, são usadas para construir casas. Tudo tem um sentido, Sara, e por vezes é tempo de parar a contemplação e agir.

Beijo!

Anónimo disse...

Magia
Magia de tornar o passado em presente e em futuro
guarda um pedacinho de nós,
do nosso passado no teu bolso,
não te esqueças dele,
não peço que o ames ou que e o veneres,
apenas que nao te esqueças dele.

Tu estás em mim, construiste a pessaoa que eu hoje sou, moldámonos e creámos algo precioso
algo que eu amo e acredito fanaticamente!
peço a morte se um dia a historia mais bela for esquecida pelos mortais
Se apenas eu ,sonhe com ela todas as noites.
Cume imortal, esculpido pelas lagrimas de quem outrora havia lutado pela sua imortalidade,
Eu nunca desisti, eu estive sempre aqui

sonhos/pesadelos disse...

arrefeceram agora, para poderem reunir energias para aquecer de uma forma nova e mais forte....
bjs endiabrados

Robin K disse...

A pedra arrefece quando ninguém se encosta a ela.
Já escrevi sobre isso...


Beijo

Robin K

Anónimo disse...

Paciência,
Acordei, na solidão da noite, sentado no passeio da paragem, sem sentido e sem caminho.
Lá em cima a lua, branca e brinlhante, brilhante como os teus olhos, e vaga como meus pensamentos, o céu seria um palco, em que as estrelas daçavam pela noite toda, pairavam, voavam até que caíam, como folhas secas e escuras, que se soltam das árvores até á palma da tua mão no pico do Outono.
Já não era eu, era um farrapo do passado. Farto, levantei-me e gritei pelo teu nome, nada apenas o silênico, á segunda chamei por ti com todas as forças e toda a fé, uma musica que caminhava lá do fundo na minha direcção, pedia me paciencia como outrora me pedira também, a chuva caía intensamente, nos meus olhos acontecera um diluvio, já nada restava, nada me adiantava, e nada me prendia, mas tu chamaste pelo meu nome, baixinho e ao ouvido, virei-me, e ali estavas tu, não voltes a ir por favor.

Blogadinha disse...

As pedras apartam-se, mas o sol sempre brilha. A seu tempo, melhor carta responderás...!
Boa semana.

Texto-Al disse...

o fundamental é termos capacidade para levantar questões. apesar das respostas que ficam por dar.

abraço

T.

Vanessa Gama disse...

Grande post sim senhora .