O vento parou.
O mundo parou com ele.
A porta abriu e assim ficou
Ele saiu, para longe.
Até que o horizonte impedisse a minha vista de lhe tocar.
Eu fiquei, nessa soleira da porta, a tentar impedir que o horizonte me impedisse.
Eu fiquei, de olhos molhados.
Eu fiquei a vê-lo ir.
Isto doeu. Doeu bastante.
Ver malas feitas de tudo o que era Nosso.
Vê-lo pegar nelas e partir.
A porta ficou aberta.
Eu não a fechei.
O vento voltou.
A porta, aberta, tinha-me lá a mim, encostada à sua soleira.
Como todos os dias, de joelhos, num súplico constante para que acabassem com tal dor.
O vento voltou.
O mundo girou na sua dança.
Era ele, no horizonte.
Era ele e os meus olhos brilharam ao obter essa confirmação.
O coração encheu-se de luz, tal como aquela casa, tal como o sol do meio-dia.
Esbocei um sorriso forte e sincero.
Corri, corri até ele, com lágrimas de felicidade a deslizarem face abaixo.
Ele largou as malas e abraçou-me.
Levantou-me até que ficasse do seu tamanho.
Levantou-me até que o meu nariz chegasse ao seu.
- Nunca voltes a ir…
- Eu sempre aqui estive.
O mundo parou com ele.
A porta abriu e assim ficou
Ele saiu, para longe.
Até que o horizonte impedisse a minha vista de lhe tocar.
Eu fiquei, nessa soleira da porta, a tentar impedir que o horizonte me impedisse.
Eu fiquei, de olhos molhados.
Eu fiquei a vê-lo ir.
Isto doeu. Doeu bastante.
Ver malas feitas de tudo o que era Nosso.
Vê-lo pegar nelas e partir.
A porta ficou aberta.
Eu não a fechei.
O vento voltou.
A porta, aberta, tinha-me lá a mim, encostada à sua soleira.
Como todos os dias, de joelhos, num súplico constante para que acabassem com tal dor.
O vento voltou.
O mundo girou na sua dança.
Era ele, no horizonte.
Era ele e os meus olhos brilharam ao obter essa confirmação.
O coração encheu-se de luz, tal como aquela casa, tal como o sol do meio-dia.
Esbocei um sorriso forte e sincero.
Corri, corri até ele, com lágrimas de felicidade a deslizarem face abaixo.
Ele largou as malas e abraçou-me.
Levantou-me até que ficasse do seu tamanho.
Levantou-me até que o meu nariz chegasse ao seu.
- Nunca voltes a ir…
- Eu sempre aqui estive.
imagem: "Despedida" - Peter W.
10 comentários:
antes de tudo, e de nada, gostaria de agradecer os comentários que um "senhor anónimo" aqui deixa. já foram tema de conversa muitas vezes, por serem bastante filosóficos.
por isso, senhor filosofo-anónimo, será sempre bem-vindo ao meu cantinho :)
sempre tão sentido, sempre tantas histórias reais. muito bem escrito meu amor, sempre.
Não existem palavras suficientes no nosso dicionário para descrever o que senti quando li este texto!
Simplesmente extraordinário!
Adorei! =)
Vá lá, ainda pensei que se tivesse esquecido de alguma coisa... ;)
:):) Gostei imenso ...não gosto de despedidas ..adoro encontros..mas só quem se despediu se pode voltar a encontrar ...
jinhos
Que espectáculo de texto! ADOREI!!!!
O pormenor da porta está excelente!
Beijocas!
Tens uma surpresa no meu blog….
Robin K
Se há alguem que merece agradecimentos és tu, pelo teu magnifico talento.
"A porta ficou aberta.
Eu não a fechei."
Uma semana muito boa para ti.
Beijos
Como me revi nestas palavras... :)
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