Parede,
Tu que serves de encosto,
Por entre cada antiga pedra tingida por fungos,
Por entre cada fenda coberta e abafada por musgo,
Sussurra-me se faz sentido
Toda esta viciante comodidade
Se “tudo muda, tudo parte, tudo tem o seu avesso”
Sol,
Ilumina toda essa utopia que é a palavra tristeza,
Faz dela brinquedo frágil,
Parte-a.
Destrói-a, como uma inocente criança.
Vento,
Com as brisas doces de recordações bonitas,
Traz-me o arrepio da felicidade.
Faz-me cheirar essas inigualáveis especiarias,
Guardadas no cesto da bicicleta do tempo em tons de sépia.
Mar, escuta
Atenta no ranger das minhas velhas portas,
Abre-as com a força das tuas correntes
E leva nas tuas águas todos esses medos do que foi.
Descobre a porta com melhor perspectiva para este labirinto que é a vida,
Chama por ela, como o fazes a mim,
Quando no teu vai-vem me puxas suavemente as pernas.
Tu que serves de encosto,
Por entre cada antiga pedra tingida por fungos,
Por entre cada fenda coberta e abafada por musgo,
Sussurra-me se faz sentido
Toda esta viciante comodidade
Se “tudo muda, tudo parte, tudo tem o seu avesso”
Sol,
Ilumina toda essa utopia que é a palavra tristeza,
Faz dela brinquedo frágil,
Parte-a.
Destrói-a, como uma inocente criança.
Vento,
Com as brisas doces de recordações bonitas,
Traz-me o arrepio da felicidade.
Faz-me cheirar essas inigualáveis especiarias,
Guardadas no cesto da bicicleta do tempo em tons de sépia.
Mar, escuta
Atenta no ranger das minhas velhas portas,
Abre-as com a força das tuas correntes
E leva nas tuas águas todos esses medos do que foi.
Descobre a porta com melhor perspectiva para este labirinto que é a vida,
Chama por ela, como o fazes a mim,
Quando no teu vai-vem me puxas suavemente as pernas.
(...)