sexta-feira, 27 de novembro de 2009

não me mintas.



Não me mintas. Não me contes histórias de fadas, não me tapes com pozinhos mágicos.

Não me mintas. Não queiras que caia nas tuas teias, não me apanhas com essa facilidade.

Não me mintas. Não me enganes dizendo que seguindo o vento irei ser feliz.

Não me mintas. Não me faças sentir mal por permanecer resguardada da tua corrente.

Não me mintas.

Não me mintas sobre tensos fios que na realidade estão cortados.

Não me mintas sobre lágrimas que derramaste. E, sinceramente, ainda espero receber enciclopédias de desculpas no meu correio, vindas de ti.

Eu não te minto. A fogueira das minhas acusações extinguiu-se, e não me faças sofrer por isso.

Eu não te minto, já não sou criança e já não caio nos teus contos.